segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Enquanto isso, na Espanha..

Enquanto isso na Espanha inúmeros acontecimentos ocorrem inclusive um programa que pode parecer uma espécie de Zorra Total a primeira vista mas olhos mais atentos irão notar que só o que eu já vi é a verdade e o que eu vi ainda é muito pouco perto do que eu ainda irei ver e que todo obstáculo e dúvida na verdade nada mais eram do que motivação e vontade de vencer. Nossa vitória não será por acidente, nem geográfico e nem histórico, tampouco como um Maracanazzo ou algo assim, aquilo foi fato isolado tal qual qualquer acontecimento histórico que possa vir a interferir na humanidade, que as vezes parece necessitar ainda de muita evolução pra conhecer a essência de saber viver e não analisar a reta desse gráfico como mera estatística.


Os "mais quinze minutos" acabam virando uma hora que passou como se fosse mais quinze minutos. Então essa é a hora que a gente começa a contar nos dedos quantas horas vai dormir. 

Já é 1h e a gente nunca acha que vai ser ruim de acordar no outro dia. Sempre é. A gente nunca aprende mesmo.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sobre velhos que gostam de futebol, entregadores de agua hipsters e coisas que podem acontecer somente no tempo em que você vai a uma mercearia.

Hoje pela manhã eu fui a uma mercearia. Deve dar uns 500 metros da minha casa, não é muita coisa. Sobe a rua pra direita, vai até o final dela, pega a esquerda e segue reto. Nenhum desafio cartográfico e nenhuma novidade posicional perante tempo e espaço. O interessante é a quantidade de coisas que vão acontecer ou vão sugerir no intervalo de tempo.

Um senhor que gosta de futebol.

Passando pelo setor de frios da mercearia pude acompanhar uma discussão sobre o gre-NAL que aconteceu no dia de ontem. Um senhor, provavelmente beirando os seus 70, discutia ávidamente com os rapazes do açougue.

"Porque esse piá de merda não sabe jogar bola e tem que dar pau" 
"Ele bate desse jeito porque não teve um que deu uma bem dada nele!"
"O que orgulha o Rio Grande é o jogador que sabe o que faz, o que chama a bola de minha amiga"

(Porque vai dizer que não: todo tiozinho fala meio em itálico)

Um entregador de água hipster

No momento em que eu retornava pra minha casa, passou o entregador de agua mais hipster que eu já vi na vida: o cara tinha uma jaqueta da Ferrari e usava uma calça de uniforme da firma. O cara foi mais hipster que toda a banda One Direction junta.

Lana Del Rey

Eu me sinto um cara com um pouco de tempo livre demais quando me dou conta que tenho tempo pra fazer uma longa discussão interna sobre o quão subjetiva ou quão sintética seja a Lana Del Rey. Não tenho certeza se ela é propositalmente acintosa ou se ela nasceu desse jeito. Essa puta me confunde a cabeça.

Como o nosso vocabulário é armazenado

É engraçado como o nosso vocabulário é armazenado na nossa cabeça. É puro subconsciente: eu penso em uma palavra que se encaixaria ali, daí vou pesquisar o significado e tcharam, ela encaixa . Vai saber né.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Terça-feira.

Gosto do carinho com que tu tratas a palavra. Eu sigo meio assim: mambembe, moleque, malemolente. Tu segues do teu jeito: caricata, carinhosa e de bom trato. O estreito limite entre tua delicadez e a tua sensatez estão bambos sobre uma linha que tu gostas de chamar de lucidez. Diz ter mais compaixão com as palavras que com as pessoas mas que apesar de tudo segue crendo que mesmo sujeito a diversos predicados o mundo ainda tem jeito e que a luz do dia vai invadir a tua janela em outro momento.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

"Viver é melhor que sonhar e eu sei que o amor é uma coisa boa"

Gente diferente me pergunta por aí como estão as coisas: eu digo que andam por aí. Carregando memória, criando lembranças, fazendo história. O passado cria juízo e dá força mas é o presente que constroe e leva pra frente. O acaso faz parte mas o personagem principal tem que viver dentro da gente.

Navegar é preciso e mesmo mesmo que haja uma America ao invés das Índias, o importante é ter uma terra a vista, e porque não, um novo continente pra se explorar. Que o temor nunca seja maior do que as tempestades e, acima de tudo, que a vontade de navegar.

A vida é bem maior, o mundo é bem menor.
(Mas, ainda assim, maior que o teu quarto.)


sábado, 18 de maio de 2013

Cidade Cinza.


Todos os cinzas se misturavam naquela tarde, constrastando com o brilho do sol que aquecia tímidamente a capital gaúcha.  Em tom de discrição,  o Astro Rei por trás das nuvens levava uma vida preguiçosa de sábado a tarde, que desde as 2 andava de chinelo de dedo e calça de moleton.

 O vento soprava calmo e gelado. Falava baixinho ao ouvido como se estivesse pedindo chocolate quente, bolo no forno, mais calor nos pés e tambem no coração.

Tá no ar a estação oficial do Garibaldi e do San Martin. Estamos falando de quem dita o ritmo do fluxo e a velocidade do passar das horas. Quem integra a imaginação pra realidade, a amizade pro amor, do amor pra sacanagem. Quem conta história e faz história. Dependendo da interação, acaba mexendo com a memória.

Esse final de semana haveria picos de audiência dos Telecines e HBOs da vida. Haveria máxima de 18 e mínima de 10. Haveria edredon e moleton. Haveria quentão e chimarrão. É oficialmente a despedida do verão.

 E quem diria, quanto mais frio, mais calor. A gente não sabe se contentar nem com 5 nem com 45. O ser humano e a famosa arte de querer tudo ao contrário.
 
No fim das contas, quem diria, o frio é quem acaba deixando sempre o verão pra mais tarde.