Se Deus quiser quando eu voltar do mar um peixe bom eu vou trazer...

Mergulhado no silêncio, mais um giro no meu mundo e desfruto do fruto que tudo contém e em que tudo esta contido, mordo, absorvo sabor, faço uma limonada, uso meu liquidificador, salve pro zelador e sigo por aí se pá, tentando chegar na fruta mais alta que a mente consegue alcançar, de galho em galho, em breve tô lá, tenho que arriscar, só mais uma hora pra outra hora chegar, o sol brilha pra todos na beira do mar, na agua salgada na noite e o luar, quando o sol já é quente e é hora de acordar, na areia da praia que voa no ar, toda vez que a brisa nordeste soprar, pro meu barco andar, sou pescador, meu trabalho é pescar, a vida tá dificil, mas não vou me entregar, canoa sem remo é capaz de afundar, seguindo na fé eu vou chegar lá que a fé não costuma falhar. "Intensa pulsação, fluxo constante, da vista do topo da roda gigante, será que tu alcança a estrela brilhante? Ou então noutro instante talvez o que me encante seja tua alma errante?" Ainda meio ofegante e com a cabeça distante eu fui viajar, aprumei as minhas coisas, preparei o jantar, acordei logo cedo, antes do sol levantar, te dei um beijo e falei "um dia eu vou voltar", vida no mar é assim, e o mar não tem fim, mas insisto em navegar: amor pra me guiar.

A: É sexta feira, amor!
B: Exato.
A: Gosto de sexta.
B: Gosto também, só não é melhor que o sábado, mesmo assim é muito melhor que o domingo. (...) Tá, as vezes só.
A: Sexta é meu dia de ganhar carinho, e o sábado é dia de beber.
B: Pra mim é ganhar carinho e beber nos dois.
A: Se beber nos dois, dá briga. Então sábado tem bebida e carinho depois da bebida, mas é aquele carinho não tão carinho assim.
B: O que tu quer dizer com carinho não muito carinho?
A: Carinho superficial, só pra não dizer que não deu. Por que é tão difícil pra mim tomar água quando me deito? Não compreendo tamanha babaquice.
B: "É tudo questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo"
A: Estamos falando do que...
B: Dos dois.