sábado, 18 de maio de 2013

Cidade Cinza.


Todos os cinzas se misturavam naquela tarde, constrastando com o brilho do sol que aquecia tímidamente a capital gaúcha.  Em tom de discrição,  o Astro Rei por trás das nuvens levava uma vida preguiçosa de sábado a tarde, que desde as 2 andava de chinelo de dedo e calça de moleton.

 O vento soprava calmo e gelado. Falava baixinho ao ouvido como se estivesse pedindo chocolate quente, bolo no forno, mais calor nos pés e tambem no coração.

Tá no ar a estação oficial do Garibaldi e do San Martin. Estamos falando de quem dita o ritmo do fluxo e a velocidade do passar das horas. Quem integra a imaginação pra realidade, a amizade pro amor, do amor pra sacanagem. Quem conta história e faz história. Dependendo da interação, acaba mexendo com a memória.

Esse final de semana haveria picos de audiência dos Telecines e HBOs da vida. Haveria máxima de 18 e mínima de 10. Haveria edredon e moleton. Haveria quentão e chimarrão. É oficialmente a despedida do verão.

 E quem diria, quanto mais frio, mais calor. A gente não sabe se contentar nem com 5 nem com 45. O ser humano e a famosa arte de querer tudo ao contrário.
 
No fim das contas, quem diria, o frio é quem acaba deixando sempre o verão pra mais tarde.